30 de novembro de 2010

[FAMÍLIA] Mãe só tem uma!


Alguns dias atrás fui surpreendido por mães que encantadoramente deixam seus filhos de lado por uma coisa ou outra! Como se suas proles fossem nada mais nada menos que coisinhas pequenas que atrapalham o bom desenvolvimento de suas habilidades!
Aqui no Rio de Janeiro, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, bairro Bangu, conjunto habitacional Vila Kennedy estava eu no ponto do ônibus esperando o famigerado 790 (Campo Grande x Cascadura), quando a mamãe vestida de uniforme escolar e de posse de uma criança corre para subir os degraus do coletivo antes que alguém o faça, passando quase na frente de todos e sussurando ao motorista: abre lá atrás pro meu filho entrar...
Eu já indignado olhando aquilo e vendo que o motorista não havia escutado e que a criança estava na porta de deficientes (que não seria aberta) disse ao garotinho: Na outra porta! O que ele de pronto obedeceu e antes de entrar totalmente no ônibus pedi ao motorista: Abre a porta de trás pra criança entrar por favor... Ele me ouviu, abriu a porta e depois que o menino entrou eu subi as escadas do ônibus, que foi saindo enquanto a mãe desesperada gritava moço! Moço! deixou meu filho lá! Olhando para a porta de deficientes que sequer tinha sido aberta!
Eu muito "P" da vida olhei pra ela e disse: Tá lá atrás, na outra porta... (Que vontade de dar umas bolachas naquela mãe... Ela deveria ter esperado o garoto subir, depois fiquei imaginando a criança do lado de fora tentando entrar no ônibus que ia saindo e caindo embaixo das rodas, a mãe logo colocaria a culpa no motorista, o que não adiantaria nada pois o menino já estaria morto...).

Pensando que só acontecia destas coisas no Rio de Janeiro, que só aqui as mães eram relaxadas ao ponto de largar os filhos ao vento, deixando-os a própria sorte, que surpresa tive quando fui ao 5º PHP Conference em São Paulo, Osasco, Vila Yara (será mal de vila?!?), em um Shopping Center próximo, o local estava cheio, propício a perder crianças e adultos de vista, mesas da área de alimentação lotadas, quando consigo um lugar pra sentar, que lindo uma mãe e uma filha, uma menininha linda na mesa ao lado (linda daquelas que as pessoas raptam e levam pra vender fora do Brasil...), derepente a mãe pega a primeira desconhecida que está passando e fala: segura ela aqui pra mim, que eu vou ali pegar um lanche! A mulher toda sem graça, meio como quem diz assim: Pô nem te conheço, nem pergunta se posso, se eu quero?!?
Então a desconhecida e o acompanhante ficam sem graça olhando de um lado para o outro como que procurando alguém conhecido (pra pedir consolo ou para que não sejam vistos naquela situação), até que a mamãe volta uns 20 a 25 minutos depois com o lanche das duas, parece que lá não tem novela mostrando que as pessoas costumam roubar crianças, será que o lugar pra comer é mais importante que o bem estar do seu filho?
Sei lá, acho que perdi o bonde da atualização de valores, se é meu filho, vai comigo a menos que exista um conhecido por perto, até conhecidos podem fazer besteira, imagina deixar uma criança sem maldade nas mãos de uma pessoa desconhecida? Agora pensando melhor, será que é só no Rio e em São Paulo?


Aí lembrei da piada do Joãozinho...
A professora pede para os alunos fazerem uma poesia com o tema mãe só tem uma, e no outro dia...
Maria sua vez.
Cheguei em casa com tosse mamãe passou vic no meu peitinho e a tosse passou, mãe só tem uma. todo mundo aplaudiu.
Pedrinho sua vez.
Ontem me machuquei e a mamãe pois bandeid no meu machucado, mãe só tem uma. na sala festa total.
Joãozinho sua vez.
Cheguei em casa, minha mãe tava na cama com um negão, me chingou e me pediu duas cervejas, fui na geladeira pegar e gritei. mãe só tem uma!

[NOTÍCIA] Imagens da "Guerra" no Rio de Janeiro

Guerra, será mesmo este o nome?

Carros queimados por ordem dos marginais, vendedores de entorpecentes, pessoas que ganham dinheiro com a degradação do ser humano, que adora, ADORA se degradar. Será que devemos chamar mesmo isso de guerra? Afinal não estamos em guerra com outro país, outro estado ou município, não é guerra nem civil, como conceituar o que está acontecendo então?


O pessoal dos nomes e conceitos se amarra nessa parada de dar nomes novos, aqui dizemos viver em um democracia, mas a democracia nada mais é que a vontade da maioria sobre a minoria (se você faz parte dos 51% sorte sua, se não, se ferrou, sua idéia e seu pensamentos devem ficar dentro da sua cabeça e de preferência só pra você!!!)
Aqui não, aqui a maioria se mistura com a minoria, a minoria compra a maioria e quando percebemos já é carnaval...
Me disseram essa semana: primeiro eles passam Tropa de Elite 2 e depois invadem as favelas (ops favela não porque os caras que criam nomes disseram que agora não é mais favela, agora é comunidade, COMUNIDADE?!? parece que minha casa é de um monte de gente, só porque eu moro em um lugar onde o pessoal se amarra em dar tiro, onde o Estado não tem a menor preocupação em colocar ordem, em exercer os direitos do povo, mas sabe porque? Porque povo satisfeito é mais difícil de manipular, povo sem esclarecimento se agarra a qualquer coisa, da mesma forma que alguém se afogando...)


Mas agora tudo vai ficar lindo todos querem a paz na favela, todos querem a paz na comunidade, todos querem a paz nas vilas de moradias (quer dizer que antes ninguém queria? Aonde estava o Estado?) feitas para que o Estado se aproprie de locais onde quer construir universidades e prédios públicos...


Vamos enquanto não é benéfico para o político, para o Estado, para o interesse de quem precisa ter para falar nas eleições vindouras (EU fiz a polícia subir o morro, instalei UPP's, chamei as forças armadas, trouxe paz...) Como diriam minha mãe, minhas avós e minhas bisavós: Quem não te conhece é que te compra! O Estado vive de arrecadação, não tem como produzir e como não produz não pode aumentar sua arrecadação com bens (afinal não produz, só regula, recebe impostos e repassa pagando folha de empregados, benefícios, taxas e empréstimos bancários que são revertidos em investimentos para a população, pagamento de compra de produtos médicos, de limpeza, entre tantas coisas, por isso quando falta comprar algo ou investir em algo é o Estado que decidiu onde aplicar o dinheiro, como se fosse na sua casa: é necessário comer, proteger, comprar remédio, pagar luz, água, etc, então quando a reecadação não consegue pagar tudo, alguém precisa sofrer - quase sempre saúde, segurança e educação são os primeiros a sofrerem - eu queria que todos que são governantes tivessem seus filhos em escolas públicas, dependessem da polícia comum, não tivessem guarda costas e tivesse que ir a hospitais públicos). Talvez assim as coisas melhorassem.


Continuamos esperando que o Estado se manifeste, mas ele só se manifesta quando é mais agradável a ele que para a população, primeiro implanta as UPP's em pontos que existem favelas próximas a locais com pessoal de classe alta e classe média alta, ou seja próximo das casas deles mesmos...
Mas agora é diferente, tem gente tacando fogo em ônibus (para aqueles que esqueceram agora está muito melhor, até pouco tempo atrás colocavam fogo em ônibus com gente dentro!!!) então o que há de novo?!? O que mudou, o que fez com que o Estado aceitasse as forças armadas?
Duas coisas que vão gerar muitos recursos e maior arrecadação: Copa do Mundo e Olimpíadas!
Sua mãe e sua avó podem morrer de tiro (bala achada) mas o Brasil não pode perder investimento...


E quando tudo isso passar tomara que não voltem os empreendedores das drogas com força total, porque voltar eu sei que eles vão pois a própria população apóia comprando e financiando esse produto promissor, um produto que tem tudo pra estourar quando eles voltarem é o coquetel molotov, algum empreendedor se habilita?!?