19 de fevereiro de 2011

[RPG] Prazer meu nome é Smith!

Ele não sabia o motivo de seu próprio nome, só sabia que era horrível, uma piada de mal gosto que a todo tempo ele tentava diminuir: Salg Smith, mas quem o conhecia, e eram bem poucos, o chamavam pelo sobrenome: Smith, além disso, sobre ele mesmo haviam outras coisas, as quais ele nada sabia, mas que iriam tirá-lo de diversas enrascadas, como se já não bastasse trabalhar no ramo de assassinatos…
Mas matar é uma coisa e morrer é outra coisa completamente diferente…
Mais uma noite, mais um serviço, dessa vez fora contratado para acabar com o alarde de um ativista, que lutava junto a ecologistas para que os dejetos químicos da Companhia Siderúrgica fossem tratados antes de serem jogados nas águas do rio de onde diversos pescadores tiravam seu sustento, ele morava em um prédio bem no meio do bairro de Santa Cruz, periferia do Estado do Rio de Janeiro, o contratante e o contato raramente via seu rosto pois havia todo um esquema de sala de bate papo, telefonemas de orelhões e a mudança constante de lugar, sem falar em identidades falsas e a compra de pessoas muito influentes. Smith nunca ficava mais de dez dias em um só lugar e se ficasse seria por um ótimo motivo: dinheiro!
O contratante indica nome, endereço, horários, hábitos e tudo mais que puder para facilitar o trabalho, que quanto mais rápido melhor, de posse das informações começa a verificação e atualização ou dependendo da urgência do serviço só é necessário gravar o nome e o rosto da vítima, por acaso este era um trabalho rápido, no mesmo dia Smith liga para Gabriel.
- Bom dia eu poderia falar com o senhor Gabriel?
- Quem deseja?
- Meu nome é Paulo e eu gostaria de saber mais sobre o projeto de controle de dejetos…
- É ele quem fala, o que você deseja saber?
- Senhor Gabriel como faço para ajudar nessa causa?
- Paulo você é de onde?
- Sou de Santa Cruz!
- Vá até o meu apartamento lá pelas 20:00 horas, que te mostro tudo e agente conversa melhor… Conhece a rua da Feira?
- Sim.
- Então, prédio 64, apartamento 562, basta falar meu nome ao porteiro que ele me interfona e eu libero sua entrada, até a noite, abraços.
- Até.
Smith começa pensar na execução do trabalho, como fazer, o que fazer, o que levar, o que usar… mas primeiro ele precisa avaliar a área, então este encontro será só para reconhecimento do local, dar uma olhada e sentir o ambiente, se existe algum risco, se tem câmeras, seguranças, alguém armado ou qualquer outro impecílio, uma visita de avaliação…
As 19:40 ele já estava em frente ao prédio observando se pela localidade havia alguma patrulha policial, câmeras ou pessoa suspeita, conforme ia em direção ao prédio caminhando lentamente, com seus olhos ia medindo cada parte da rua da Feira, localizando rotas de fuga, locais para se esconder, pular, subir, etc e enquanto sua mente maquinava essas variáveis o prédio ia se aproximando até chegar no portão de entrada, lá estava ele em frente ao prédio cercado por várias casas menores enquanto em sua frente uma cerca de mais ou menos 3 metros de altura em varas de ferro daquelas bem antigas, fortes e firmes pintadas em um verde descascado pelo tempo onde aparecia a cor da ferrugem, o prédio era de um tom claro de marrom e seus detalhes eram brancos, não parecia um lugar caro, estava bem cuidado apesar de precisar de uma nova pintura o que aumentava o ar de classe média do local.
Ao apertar o botão do interfone o porteiro perguntou o que desejava e recebeu a resposta de que desejava falar com o senhor Gabriel morador do 562 e que já estava esperando a visita.
Ao receber a confirmação o porteiro abre o portão externo e deixa o estranho entrar, Smith de boné cumprimenta com um boa noite e observa se existem câmeras no interior do prédio, parece que aquele é o seu dia de sorte não havia nenhum tipo de segurança além de um porteiro desarmado…
(continua...)