Alguns dias atrás fui surpreendido por mães que encantadoramente deixam seus filhos de lado por uma coisa ou outra! Como se suas proles fossem nada mais nada menos que coisinhas pequenas que atrapalham o bom desenvolvimento de suas habilidades!
Aqui no Rio de Janeiro, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, bairro Bangu, conjunto habitacional Vila Kennedy estava eu no ponto do ônibus esperando o famigerado 790 (Campo Grande x Cascadura), quando a mamãe vestida de uniforme escolar e de posse de uma criança corre para subir os degraus do coletivo antes que alguém o faça, passando quase na frente de todos e sussurando ao motorista: abre lá atrás pro meu filho entrar...
Eu já indignado olhando aquilo e vendo que o motorista não havia escutado e que a criança estava na porta de deficientes (que não seria aberta) disse ao garotinho: Na outra porta! O que ele de pronto obedeceu e antes de entrar totalmente no ônibus pedi ao motorista: Abre a porta de trás pra criança entrar por favor... Ele me ouviu, abriu a porta e depois que o menino entrou eu subi as escadas do ônibus, que foi saindo enquanto a mãe desesperada gritava moço! Moço! deixou meu filho lá! Olhando para a porta de deficientes que sequer tinha sido aberta!
Eu muito "P" da vida olhei pra ela e disse: Tá lá atrás, na outra porta... (Que vontade de dar umas bolachas naquela mãe... Ela deveria ter esperado o garoto subir, depois fiquei imaginando a criança do lado de fora tentando entrar no ônibus que ia saindo e caindo embaixo das rodas, a mãe logo colocaria a culpa no motorista, o que não adiantaria nada pois o menino já estaria morto...).
Pensando que só acontecia destas coisas no Rio de Janeiro, que só aqui as mães eram relaxadas ao ponto de largar os filhos ao vento, deixando-os a própria sorte, que surpresa tive quando fui ao 5º PHP Conference em São Paulo, Osasco, Vila Yara (será mal de vila?!?), em um Shopping Center próximo, o local estava cheio, propício a perder crianças e adultos de vista, mesas da área de alimentação lotadas, quando consigo um lugar pra sentar, que lindo uma mãe e uma filha, uma menininha linda na mesa ao lado (linda daquelas que as pessoas raptam e levam pra vender fora do Brasil...), derepente a mãe pega a primeira desconhecida que está passando e fala: segura ela aqui pra mim, que eu vou ali pegar um lanche! A mulher toda sem graça, meio como quem diz assim: Pô nem te conheço, nem pergunta se posso, se eu quero?!?
Então a desconhecida e o acompanhante ficam sem graça olhando de um lado para o outro como que procurando alguém conhecido (pra pedir consolo ou para que não sejam vistos naquela situação), até que a mamãe volta uns 20 a 25 minutos depois com o lanche das duas, parece que lá não tem novela mostrando que as pessoas costumam roubar crianças, será que o lugar pra comer é mais importante que o bem estar do seu filho?
Sei lá, acho que perdi o bonde da atualização de valores, se é meu filho, vai comigo a menos que exista um conhecido por perto, até conhecidos podem fazer besteira, imagina deixar uma criança sem maldade nas mãos de uma pessoa desconhecida? Agora pensando melhor, será que é só no Rio e em São Paulo?
Aí lembrei da piada do Joãozinho...
A professora pede para os alunos fazerem uma poesia com o tema mãe só tem uma, e no outro dia...
Maria sua vez.
Cheguei em casa com tosse mamãe passou vic no meu peitinho e a tosse passou, mãe só tem uma. todo mundo aplaudiu.
Pedrinho sua vez.
Ontem me machuquei e a mamãe pois bandeid no meu machucado, mãe só tem uma. na sala festa total.
Joãozinho sua vez.
Cheguei em casa, minha mãe tava na cama com um negão, me chingou e me pediu duas cervejas, fui na geladeira pegar e gritei. mãe só tem uma!
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